Fartos de não terem seu trabalho reconhecido ou publicado, os fotojornalistas franceses Benjamin Girette e Pierre Terdjman fundaram este ano o movimento #Dysturb, em que se apropriam das ruas para expor trabalhos fotográficos seus e de outros profissionais realizados em zonas de conflito.
O objetivo dessa iniciativa é “aumentar a consciência sobre o que está realmente acontecendo no mundo”, e nenhum espaço é mais apropriado para essa tomada de consciência que a rua, “a única plataforma social maior que o Facebook”, diz Girette.
Segundo a dupla, as revistas raramente estão interessadas em mostrar o que está acontecendo em países com regiões de instabilidade sócio-política, como o Egito, Geórgia ou Afeganistão, reservando-se a publicar poucas fotos. Nesse sentido, Girette e Terdjman pretendem destacar a importância do fotojornalismo como veículo e ferramenta de conscientização.
O movimento #Dysturb já chegou a diversas cidades da França, à Sarajevo, na Bósnia e Herzegovina, e mais recentemente à Nova Iorque. Fotógrafos e jornalistas desses e de outros lugares compartilham da ideia de que o fotojornalismo é uma linguagem universal com o poder de derrubar estereótipos, fomentar discussões, despertar a conscientização e, em última instância, ajudar as pessoas a melhor compreender os acontecimentos no mundo.
Ao se apropriar de espaços públicos com imagens em escala real, #Dysturb rompe com os meios tradicionais de publicação e oferece uma nova perspectiva e visibilidade para o fotojornalismo.
O movimento é aberto a qualquer pessoa interessada em colaborar, seja ajudando a afixar as imagens ou propondo suas próprias fotografias (livres de influências comerciais). Em breve será lançado um novo aplicativo para dispositivos móveis que ajudará a coordenar os esforços dos interessados e localizar as ações dos grupos.
Saiba mais sobre o movimento #Dysturb na página oficial da iniciativa.